Exéquias na Casa do Defunto
RITOS INICIAIS
88. Se se celebra a Liturgia da Palavra sem o Sacrifício Eucarístico e sem que esta tenha sido antecedida imediatamente do rito do acolhimento do féretro, depois do cântico de entrada, estando todos de pé, fazem o sinal da cruz, enquanto o ministro diz:
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Todos se benzem e respondem: Amen. Em seguida o ministro sagrado saúda os presentes, dizendo:
A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco.
Ou:
A graça e a paz de Deus nosso Pai e de Jesus Cristo nosso Senhor estejam convosco.
R. Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo.
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Se as exéquias forem dirigidas por um leigo, este, de mãos juntas, dirá:
Bendito seja Deus, Pai de misericórdia e de toda a consolação, que nos consola em todas as tribulações.
Todos respondem:
Amen.
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89. Em seguida, se for oportuno, faz uma breve admonição, com estas palavras ou outras semelhantes:
Irmãos: A morte do nosso querido irmão N. enche-nos de tristeza e recordanos como é frágil e breve a vida do homem. Mas neste momento de tribulação, conforta-nos a nossa fé. Cristo vive eternamente, e o seu amor é mais forte do que a morte. Por isso, não deve vacilar a nossa esperança. O Pai de misericórdia e Deus de toda a consolação vos conforte nesta tribulação.
Depois diz a oração colecta.
Oremos.
Deus, Pai de misericórdia, que nos destes a fé na morte e ressurreição de vosso Filho, concedei ao vosso servo N., que adormeceu em Cristo, a graça de ressuscitar com Ele para a vida eterna. Por Cristo, nosso Senhor.
Ou:
Senhor, glória dos fiéis e vida dos justos, que nos salvastes pela morte e ressurreição de vosso Filho, acolhei com bondade o vosso servo N., de modo que, tendo ele acreditado no mistério da nossa ressurreição, mereça alcançar as alegrias da bem-aventurança eterna. Por Cristo, nosso Senhor.
Ou:
Senhor, que sois a vida de todos os que morrem e dais aos nossos corpos mortais, depois deste mundo, uma vida melhor, ouvi a oração da vossa família e fazei com que a alma do vosso servo N. seja conduzida pela mão dos Anjos à morada do nosso pai Abraão, vosso amigo, para que ressuscite gloriosamente no dia do juízo universal; e se, durante a vida terrena, cometeu alguma falta contra a vossa santíssima vontade, vossos amor a purifique e lhe perdoe. Por Cristo, nosso Senhor.
Ou:
Pela vossa infinita misericórdia, recebei, Senhor, a alma do vosso servo N. e purificai-a de todas as culpas cometidas durante a vida terrena, para que, livre dos vínculos da morte, mereça entrar na vida eterna. Por Cristo, nosso Senhor.
Ou:
Preparai, Senhor, os nossos corações para ouvir a vossa palavra e fazei que para todos nós ela seja luz nas trevas, certeza da fé nas dúvidas e fonte inexaurível de mútua consolação e de esperança. Por Cristo, nosso Senhor.
Ou, especialmente no Tempo Pascal:
Deus, Pai de misericórdia, escutai benignamente as nossas orações, para que, ao confessarmos a nossa fé na ressurreição do vosso Filho Unigénito, se confirme em nós a esperança da ressurreição do vosso servo N.. Por Cristo, nosso Senhor.
Ou:
Deus Pai todo-poderoso, que pelo Baptismo nos configurastes com a morte e ressurreição de vosso Filho, concedei benignamente que o vosso servo N., liberto desta vida mortal, seja associado ao convívio dos vossos eleitos. Por Cristo, nosso Senhor.
Amém
LITURGIA DA PALAVRA
Leitura I
Sab 3, 1-6.9
Deus aceita os justos como sacrifício de holocausto Leitura do Livro da Sabedoria As almas dos justos estão na mão de Deus, e nenhum tormento os atingirá. Aos olhos dos insensatos parecem ter morrido; a sua saída deste mundo foi considerada uma desgraça, e a sua partida do meio de nós um aniquilamento. Mas eles estão em paz. Aos olhos dos homens eles sofreram um castigo, mas a sua esperança estava cheia de imortalidade. Depois de leve pena, terão grandes benefícios, porque Deus os pôs à prova e os achou dignos de Si. Experimentou-os como ouro no crisol e aceitou-os como sacrifício de holocausto. Os que n’Ele confiam compreenderão a verdade, e os que Lhe são fiéis permanecerão com Ele no amor, pois a graça e a misericórdia são para os seus santos e a sua vinda será benéfica para os seus eleitos.
Palavra do Senhor.
Graças a Deus
Salmo Responsorial
Salmo 26 (27), 1.4.7 e 8b e 9a. 13-14
Refrão: O Senhor é a minha luz e a minha salvação.
Ou: Espero contemplar a bondade do Senhor na terra dos vivos.
O Senhor é minha luz e salvação:
a quem hei-de temer?
O Senhor é o protector da minha vida:
de quem hei-de ter medo?
Uma coisa peço ao Senhor, por ela anseio:
habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida,
para gozar da suavidade do Senhor
e visitar o seu santuário.
Ouvi, Senhor, a voz da minha súplica,
tende compaixão de mim e atendei-me.
A vossa face, Senhor, eu procuro:
não escondais de mim o vosso rosto.
Espero vir a contemplar a bondade do Senhor
na terra dos vivos.
Confia no Senhor, sê forte.
Tem coragem e confia no Senhor.
Evangelho
Mt 11, 25-30
«Vinde a Mim...Eu vos aliviarei»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, Jesus exclamou: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, Eu Te bendigo, porque assim foi do teu agrado. Tudo Me foi dado por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho O quiser revelar. Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai o meu jugo sobre vós e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e a minha carga é leve».
Palavra da salvação.
Glória a vós, Senhor
Depois do Evangelho faz-se uma breve homilia, evitando, porém, a forma ou estilo de um elogio fúnebre.
Irmãos: unidos na mesma fé, oremos ao Senhor pelo nosso irmão defunto, pela Igreja, pela paz do mundo e pela nossa salvação, dizendo com toda a confiança:
R. Ouvi-nos, Senhor.
Ou:
Nós Vos rogamos: Ouvi-nos, Senhor.
1. Pelos pastores da santa Igreja, para que sejam fiéis à graça que receberam e realizem o seu ministério em favor do povo de Deus, oremos, irmãos:
2. Pelos que governam a sociedade civil, para que promovam sempre o bem comum, a concórdia, a liberdade e a paz, oremos, irmãos:
3. Pelos que sofrem no corpo ou na alma, para que sintam sempre junto de si a presença invisível do Senhor, oremos, irmãos:
4. Pelo nosso irmão N., para que o Senhor o livre do poder das trevas e da morte eterna, oremos, irmãos:
5. Pelo nosso irmão N., para que o Senhor lhe mostre a sua misericórdia e o receba no reino da luz e da paz, oremos, irmãos:
6. Pelos nossos familiares e benfeitores defuntos, para que o Senhor os conduza à assembleia gloriosa dos Santos, oremos irmãos:
7. Por todos nós que participamos nesta celebração, para que a providência paterna de Deus nos assista e nos proteja pelos caminhos da vida, oremos, irmãos:
Pai Nosso que estais nos Céus, santificado seja o vosso Nome, venha a nós o vosso Reino, seja feita a vossa vontade assim na terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do Mal. Amém
95. Este rito, previsto normalmente para ser realizado na igreja ao fim da Missa ou da celebração da Palavra se não houver celebração da Eucaristia, pode ser feito no cemitério, quando o sacerdote e os fiéis acompanham processionalmente o corpo do defunto.
96. Se o rito da Última Encomendação e Despedida se realiza na igreja, terminada Oração depois da Comunhão (ou, se não é celebrado o Sacrifício Eucarístico, depois da Liturgia da Palavra), procede-se ao rito do último adeus ao corpo do defunto. O sacerdote, revestido de casula ou pluvial, encaminha-se para junto do féretro. Aí, voltado para o povo, tendo junto de si os ministros com água benta (e incenso), dirige-se aos fiéis com estas palavras ou outras semelhantes:
Ao cumprirmos, segundo o rito cristão, o piedoso dever de sepultar o corpo humano, oremos confiadamente a Deus nosso Pai, para quem todos os seres vivem. Entregamos à terra o corpo deste nosso irmão, na esperança da sua ressurreição entre os eleitos de Deus e pedimos que a sua alma seja recebida na comunhão gloriosa dos Santos. O Senhor lhe abra os braços da sua misericórdia infinita, para que este nosso irmão, livre dos vínculos da morte, absolvido de toda a culpa, reconciliado com o Pai, conduzido aos ombros do Bom Pastor, mereça entrar na alegria que não tem fim, na companhia dos Santos, na presença do Rei eterno.
Todos oram em silêncio durante alguns momentos.
Ou:
Este nosso irmão adormeceu na paz de Cristo. Unidos na fé e na esperança da vida eterna, encomendemo-lo à misericórdia infinita de Deus nosso Pai, intercedendo por ele com a nossa oração fraterna. Ele que foi adoptado por Deus como seu filho no Baptismo (e tantas vezes foi alimentado à mesa do Senhor), seja agora admitido à mesa dos filhos de Deus no Céu e tome parte na herança eterna dos Santos. E também por todos nós, que sentimos a tristeza desta separação, oremos ao Senhor, para que possamos um dia, juntamente com os nossos irmãos que já partiram deste mundo, ir confiadamente ao encontro de Cristo, quando Ele, que é a nossa vida, aparecer na sua glória
97. Segundo os costumes locais, aprovados pelo Ordinário do lugar, podem ser pronunciadas neste momento por um dos familiares, ou outra pessoa, algumas palavras de agradecimento e de comentário cristão a respeito do defunto, com estas palavras ou outras semelhantes:
Antes de nos separarmos, permiti que diga umas palavras de agradecimento em nome de todos os familiares deste nosso querido irmão. A vossa presença e a vossa companhia exprimem o afecto e a consideração que sentis para com o defunto e para connosco. Mas, de uma maneira especial, queremos agradecer a vossa oração sincera, pois o melhor conforto e consolação é partilhar convosco a fé na ressurreição que esperamos.
Depois o que preside pode dizer as seguintes palavras ou outras semelhantes:
Pelo baptismo, este nosso irmão tornou-se verdadeiramente filho de Deus, membro de Cristo ressuscitado e templo do Espírito Santo. A água que agora vamos derramar sobre o seu corpo recorda-nos essa admirável graça baptismal, que o preparou para ser concidadão dos Santos no Céu. O Senhor aumente em nós a esperança de que este nosso irmão, chamado a ser pedra viva do templo eterno de Deus, ressuscitará gloriosamente com Cristo.
98. Depois, enquanto se canta o responsório ou outro cântico de despedida, faz-se a as
persão (e a incensação) do corpo; uma e outra, porém, podem fazer-se depois do cântico. O sacerdote dá a volta ao féretro aspergindo-o com água benta; (depois, põe incenso, benze-o e dá uma segunda volta perfumando o cadáver com incenso).
Vinde em seu auxílio, Santos de Deus
Vinde ao seu encontro, Anjos do Senhor.
* Recebei a sua alma, levai-a à presença do Senhor.
V. Receba-te Cristo, que te chamou, conduzam-te os Anjos ao Paraíso.
* Recebei a sua alma, levai-a à presença do Senhor.
V. Dai-lhe Senhor, o eterno descanso, nos esplendores da luz perpétua.
* Recebei a sua alma, levai-a à presença do Senhor.
Recebei, Senhor, a alma do vosso servo, por quem derramastes o vosso sangue na cruz.
* Lembrai-vos, Senhor, que somos pó da terra, que o homem é como a flor do campo
V. Reconheço as minhas faltas, mas espero na vossa misericórdia.
* Lembrai-Vos, Senhor, que somos pó da terra, que o homem é como a flor do campo.
Ou:
Desde a eternidade, Senhor, me conheceis;
Vós me fizestes à vossa imagem.
* Entrego-Vos, Senhor, a minha alma, que para Vós criastes.
V. Reconheço as minhas faltas, não sou digno da vossa presença, não me condeneis, Senhor de misericórdia
* Entrego-Vos, Senhor, a minha alma, que para Vós criastes
100. Depois o sacerdote diz a seguinte oração:
Nas vossas mãos, Pai clementíssimo, encomendamos a alma do vosso servo, com a firme esperança de que ele há-de ressuscitar no último dia, juntamente com todos os que morrem em Cristo. (Nós Vos agradecemos todos os benefícios que Vos dignastes conceder-lhe durante a sua vida terrena, como sinal da vossa bondade e da comunhão dos Santos em Cristo). Na vossa infinita misericórdia, Senhor, abri a este vosso servo as portas do Paraíso; e a nós, que ainda vivemos na terra, dai-nos a consolação das palavras da fé, (até ao dia em que nos encontremos todos reunidos em Cristo e possamos viver para sempre convosco na alegria eterna). Por Cristo, nosso Senhor.
Ou:
Nós Vos encomendamos, Senhor, a alma do vosso servo N., a fim de que, morto para este mundo, viva para Vós; na vossa misericórdia infinita, perdoai-lhe os pecados que pela sua fragilidade humana tiver cometido e concedei-lhe a paz e a vida eterna. Por Cristo, nosso Senhor
Amém
Prossegue-se com a Ida ao Cemitério e o Sepultamento.
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